6 Estudos para flutuar

Esta peça coreográfica dá continuidade à pesquisa de Zélia Monteiro com a improvisação, mantendo o conceito de dramaturgia processual, procedimento característico de sua tendência estética.
Como em seus trabalhos anteriores a dramaturgia é criada entre a ação da dança, da luz, da música e da cenografia, permanecendo aberta ao momento da encenação.
Para esta nova criação convidou o músico Manuel Pessôa, com quem divide a cena.

Sobre o seu trabalho, a artista diz: “Tenho a sensação quando danço, de que o espaço se reconfigura o tempo todo de forma inesperada. A existência do movimento, seja dança, luz ou som, muda os pontos que estabelecem tensões trazendo a sensação de que o espaço caminha junto com o movimento. Ele é móvel. Não é um lugar. Não tem dentro nem fora. Isso não quer dizer que as relações espaciais entre as linguagens sejam caóticas. Existe uma conduta de mobilidade constante, que é determinada a cada instante a partir das diferentes materialidades de cada linguagem artística. A cada espetáculo, o público é convidado a compartilhar de uma poética cuja potência está na efemeridade dos encontros”.